domingo, 3 de janeiro de 2010
Lançado em 2001 o filme engana com sua fotografia simples no melhor estilo anos oitenta. Mary (Mischa Barton) é uma jovem que é colocada em um internato por seu pai e sua madrasta (sim, madrasta malvada, adivinharam bem) pela primeira vez na vida. Ela divide quarto com mais duas colegas e terá que se habituar ao convívio com as adolescentes livres e divertidas que moram ali. Até aí tudo bem, não vemos nada demais. Mischa atua perfeitamente bem com seus 15 anos de idade e nós acompanhamos a história de sua personagem confortavelmente. O problema é quando ela percebe que suas companheiras de quarto têm um romance declarado. A partir daí a trama se desenrola com direito a pitadas de rebeldia adolescente e a felicidade da juventude. O que achei um tanto quando desnecessário foram as cenas de nudez e sexo. Não que sejam cenas fortes, mas ficam um pouco fora do eixo jovem-tímida-sem-mãe que acompanhamos no começo da história. Nada que atrapalhe a trama, entretanto. A trilha sonora é uma das melhores que já acompanhei até agora e as jogadas de cena ajudam bastante a agradar. Confesso que não é totalmente perfeita; há closes desnecessários e falhas em ambientar o espectador. Dos males o menor, não é mesmo? Um filme que supostamente trata sobre homossexualidade na adolescência com tamanha perícia merece receber elogios. Eu disse supostamente, sim. Às vezes percebemos que não adianta rotular nada se há algo que supera tudo, como o amor...
por L Belacqua
